Parar para olhar o nosso interior pode movimentar insegurança e dor mas também um preenchimento e um alívio. Se transformar, formando algo diferente é um trabalho constante de abertura, de respeito e de amor.
Transformar, mudar, girar
Sorrir, sofrer, chorar
Estamos prontos, podemos carregar medo
Um desafio em cada momento, em cada desejo.
"Vamos devagar, devagar se vai longe. Toda pressa arruína o coração. Nós não temos que chegar a ponto algum. Temos que andar, caminhar sempre. Andarilho de infinitos espaços. A aurora, ao romper do dia, o crepúsculo, no começo da noite. Duas hor
as, dois momentos mágicos e supremos. São momentos de silêncio, de calma e paz. É quando o amanhecer prepara o dia, é quando a tarde prepara a noite. São momentos do desabrochar, por isso são lindos. Você poderia dizer também que são momentos de morte. Mas a morte também é um desabrochar. Desabrochar para a vida, uma outra vida. Toda morte é um nascimento e todo nascimento é uma morte. Nós somos muito egoístas. Consideramos morte quando perdemos as pessoas, e quando ganhamos, não. Mas, para a própria pessoa que está nascendo, ou morrendo, não existe vida nem morte. Apenas um desabrochar para um outro momento do seu processo de ser, assim como o dia e a noite, apenas transformações que podem ser mais ou menos dolorosas para quem as vive. Há intervalos, há movimentos, existem processos de transformação. Repare a palavra transformação. Um movimento de formação."
Jeremias Horta
BOLA DE NEVE
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